A história da família Gracie no Brasil, hoje famosa internacionalmente, começou em 1801, quando o jovem escocês George Gracie, aos 25 anos, desembarcou no porto do Rio de Janeiro. Vinha da Escócia, sua terra natal, para construir sua vida no novo continente. Aqui ele se casou e chegou a ocupar o posto de 1º Corretor Juramentado do Brasil.
Seu primogênito, Pedro Gracie, que fez fortuna com o café e tornou-se presidente do Banco da Lavoura, era amigo do Imperador Dom Pedro II, que lhe conferiu a Comenda Rosa. Teve 15 filhos, sendo que vários seguiram a carreira diplomática.
Um século depois da chegada do patriarca George Gracie, seu neto Gastão, filho mais novo de Pedro, voltou de seus estudos na Alemanha e se dedicou ao comércio. Viajando por todo o Brasil, foi para Belém, atraído pelo comércio da borracha, e lá se casou com a cearense Cesarina Pessoa. Tornou-se empresário importante na capital paraense e teve nove filhos entre os quais Carlos e Hélio Gracie.
Quando ajudou um imigrante japonês, Mitsuyo Maeda (Conde Koma), a se estabelecer na cidade, em 1917, Gastão não imaginava que a partir desse fato sua família começaria uma trajetória que consagraria o nome Gracie nas artes marciais em todo o mundo. Maeda, conhecido como conde Koma, era praticante de jiu-jitsu, arte marcial japonesa então conhecida no Brasil. Para demonstrar sua gratidão a Gastão Gracie, ele decidiu transmitir seus conhecimentos jiu-jitsu para o filho mais velho de Gastão, Carlos Gracie.
Com a morte do pai Pedro Gracie, Gastão mudou-se com a esposa e os filhos para o Rio de janeiro, em 1920. Nascido em 1912, Hélio tinha oito anos de idade e Carlos, 11 anos mais velho, despertava a atenção dos novos amigos cariocas por seus conhecimentos de jiu-jitsu, e com o tempo abriu uma academia na rua Marques de Abrantes 106, prédio que existe até hoje
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